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Osho, pai da Linguística Transcendental

Foto do escritor: Evandro DebocharaEvandro Debochara

Rajneesh Chandra Mohan Jain (1931-1990), mais conhecido como Osho.
“Se você ama uma variante linguística, não a corrija, porque, se você corrigi-la, ela deixa de ser o que você ama. Se você ama uma variante, deixe-a estar. O amor pela língua não está na correção; está na apreciação de sua diversidade.”

Rajneesh Chandra Mohan Jain (1931-1990), mais conhecido como Osho, foi um guru indiano que se celebrizou como o polêmico fundador da chamada Linguística Transcendental.


Ao defender uma atitude mais liberal e menos dogmática no falar e no escrever, bem como o desapego ao passado das línguas, causou grande controvérsia entre eruditos, pais e educadores de diversos países, o que lhe valeu o cognome de “guru do vale-tudo”. Apologista da liberdade plena, ensinava que o livre-arbítrio pressupõe a livre-concordância, a livre-regência e o livre-redundar – direitos inalienáveis de todo ser falante. Para ele, a pluralidade de qualquer ser – os homem, as mulher, os bicho, as planta – é definida tão somente por seu artigo determinante.


Nos anos 70, com a publicação de Meditações Sociolinguísticas, ampliou consideravelmente o número de seus seguidores e simpatizantes ocidentais, deslumbrados com os inovadores estudos e pesquisas de variação e mudança idiomática apresentados pela obra. Nos anos 80, mudou-se para Oregon (EUA), ocasião em que seu movimento religioso – o Zenlinguismo – entrou em conflito com os moradores e o governo local, que reagiram contra a alegada má influência do Bhagwan sobre a educação de crianças e adolescentes, entre os quais havia crescido consideravelmente o número de crimes de lesa-gramática e delinquência normativa. Acusado de negar a existência de pecados contra a língua, acabou sendo deportado dos EUA após acordo judicial. Dezenas de países – temerosos em ver seus credos linguísticos desconstruídos – negaram-lhe asilo. E assim o Rajneesh se viu obrigado a retornar à terra natal, concluindo sua Gramática Zen-Pedagógica e morrendo logo depois em 1990.

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