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Em papiro, filha de faraó desiste de namoro com morador de Roma: “Não é ‘vini’, é ‘veni’, César!”


Papiro foi digitalizado e compartilhado por arqueólogo no WhatsApp (AGÊNCIA ESTADO)

(AGÊNCIA ESTADO) Um papiro que revela o fim de um relacionamento no século I a.C. e parece ter saído de uma esquete do Porta dos Fundos viralizou nas redes sociais neste sábado (13/8). No papiro, digitalizado e compartilhado recentemente por um arqueólogo no WhatsApp, a rainha do Egito Cleópatra VII (69 a.C. – 30 a.C.) humilha um patrício com quem ela estava se relacionando apenas por ele deslizar no latim e morar em Roma.


“César, você não sabe nem escrever direito. É ‘veni’, com ‘e’, e não ‘vini’. E outra coisa, nós somos de civilizações completamente diferentes. Eu não gosto de frequentar Roma, nunca frequentei Roma, não vou frequentar Roma. Você tá me entendendo?”, escreveu.


A rainha do Egito afirmou que prefere frequentar locais identificados por ela como ambientes de maior legado cultural, histórico e linguístico:


“Se você não consegue me acompanhar nos ambientes de que eu gosto, onde me sinto bem, que é no Farol de Alexandria, nas pirâmides, nos templos de Mênfis, na ilha de Samos, aonde as minhas amigas vão com os faraós, com os filósofos e os sacerdotes, eu sinto muito, mas eu não sou mulher para você.”


Mas o que parece ter sido a gota d’água foi o cidadão romano demonstrar falta de domínio de variedade culta de sua própria língua:


“Patrício, de novo você escrevendo ‘vini, vidi, vici’ para se gabar de vitória fácil. Não é ‘vini’, é ‘vEni’. Veni, vidi, vici. Releia meu papiro anterior. Sério: não consigo me relacionar com pessoas de níveis culturais diferentes, de civilizações inferiores”, continuou a rainha.


Mais adiante, não satisfeita, ela continuou o desabafo com uma carteirada histórica:


“Eu sou formada em retórica e oratória, fluente em nove línguas, tenho mestrado em Artes Gregas pela Escola de Alexandria, tive os melhores tutores de todo o Mediterrâneo, tenho pai e irmãos faraós, tenho tudo. E tenho que ficar me rebaixando indo a Roma? Comprar vinho romano e ficar banqueteando com você num jardim cheio de plebeus? Não tem um vinho de Samos, nem da Síria ou da Jônia aí. Nem mesa tem nesse jardim! Tenha dó, César!”, finaliza.


Segundo o historiador grego Plutarco, essa pode ter sido a razão pela qual Júlio César incendiou a Biblioteca de Alexandria em 48 a.C.

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